Em 1996, Gawin e Kleber propuseram o primeiro modelo de apresentação e evolução clínica da síndrome de abstinência da cocaína (3). Dividiram-na em três fases:
1) Crash: Refere-se ao estado de humor disfórico do usuário que se instala após a interrupção do uso e pode se prolongar por cerca de 4 dias. Ocorre depressão, insônia, irritabilidade, ansiedade e fadiga. A compulsão é intensa e dominui ao longo de 4 horas. Segue uma necessidade de sono (hipersonia), que tem duração de vários dias, normalizando o estado de humor.
2) Abstinência: Pode durar até 10 semanas. A compulsão por cocaína persiste com irritabilidade, ansiedade e incapacidade de sentir prazer (um sintoma marcante nesse período). Progressivamente desaparece a memória da euforia provocada pela droga. No entanto, situações e presença de fatores desencadeantes de fissura normalmente superam o desejo de abstinência e as recaídas são comuns nesta fase.
3) Extinção: Desaparecem os sinais e sintomas físicos. A compulsão é o sintoma residual que aparece eventualmente, conddicionando a lembranças do uso e seus efeitos psíquicos. Seu desaparecimento é gradual e pode durar meses ou anos
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